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Relato reunião grups 11 de março de 2020

1ª reunião do ano. Na Kasa Invisível.

Presentes: Vinícius, Neilton, Luizinho, Joanna, Libéria, Carla, Renata

 

Fizemos relatos pessoais de como vai a pesquisa e quais os planos/interesses para 2020 em relação ao grupelho:

- Luizinho atualmente é um dos mentores do Laboratório de Tecnologia da Cena, na Fundação Clóvis Salgado, Palácio das Artes. Pensa em propor lá um curso que se chame “Como resistir com arte”, nome provisório. Pensa em elaborar e realizar o curso juntamente com o grupelho, essa é uma sua proposta. Além disso gostaria que fizéssemos algo juntos para enviar para o CIFE, no rio de janeiro em outubro (http://filoeduc.org/10cife/). Sugere a leitura da tese de doutorado, na EBA, de Thálita Motta “O mais profundo é a festa”;

- Vini nos fala de seu projeto de doutorado e sua busca na elaboração do conceito de “corposição”. Pretende propor experimentações com os corpos no grupelho. “Como o movimento cria um corpo?”;

- Joanna tem como meta qualificar até maio. Conta como seu projeto mudou muito. Vai propor experimentações de deriva conosco;

- Neilton está escrevendo um romance! Além disso segue na pesquisa, já começou o campo e pretende qualificar antes de julho. Com o grups ele quer gravar uns podcasts de discussão, de duração de uma hora sobre algum tema que trará. Ele também expos o desejo de que a gente discuta a branquitude do grupelho;

- Libéria estava animada e nos animou, falou de suas preocupações e ocupações com psicanálise e filosofia e corpo e arte – teatro. Botou gás para a gente forrar a laje da casa da renata de linóleo e mandar ver nos nossos corpinhos;

- Carla tem uns linóleos, haha, estão à nossa disposição. Carla está trabalhando e terminando a dissertação, para maio;

- Renata está interessada em pensar e inventar problemas sobre escritas e metodologias dissidentes como criação de territórios epistemológicos de minorias. Quer escrever para publicar bastante neste ano, enxamear as ideias. Além disso deseja que sigamos com as experimentações com os corpos, que gerem novas formas de pensar (extervenções). E defende que demarquemos explicitamente a posição anticapitalista deste grupo. Conferir festas Potlatch.

As reuniões passaram para as segundas feiras para possibilitar a participação de todos

 

Todos nós vamos elaborar as propostas individuais de uso dos corpos do grupelho e trazer nas próximas reuniões, conforme calendário:

 

- 16 de março (já é a próxima segunda) – renata* - será na FaE (pq tenho de estar lá, desculpem), sala de reuniões do DECAE

 

- 30 de março – Luizinho

- 13 de abril -

- 27 de abril -

- 11 de maio – Vini

- 25 de maio – Ne

- 8 de junho – Joanna

- 22 de junho -

- 6 de julho -

 

*Vou levar a questão da festa como resistência e vou falar da festa Potlatch também. Vou levar minhas provocações em relação à questão dos modos de fazer de outra voa na academia. A reunião, porém, começará com a participação daqueles que não estavam na quarta passada, relatando seus anseios grupelhais.

Relato reunião grupelho 9 de abril 2020. Tempos covid-19

No Hangout. Presentes: Nilo, Pedro, Tulíola, Kelly, Vinícius e Renata e Fernando.

(Pedro saiu antes). (Fernando chegou depois)

Sobre pensar e repensar a proposta de fazermos Extervenção da janela.

Renata falou que sentiu, depois, que a ideia não pegou bem nas pessoas, que estão ou muito ansiosas e/ou muito atarefadas, e/ou mais preocupadas um “interior” do que com um “exterior”, como disse o Neilton no email da noite anterior. Que a gente não é obrigada a fazer nada, mas que a ideia era a de pensar com o corpo, como um gesto pode levar a um pensamento? Que talvez a gente tenha que ir mais devagar. Insiste no desejo de pensar em ações para construção do mundo porvir.

Nilo disse ter pensado que essas extervenções podem ser jorros de signos pelas janelas, algo a dar o que pensar. Pensou em tocar no violão, na janela de casa, “Is there anybody out there?”. Quando usou isso na dissertação, se referia à sociedade de controle, mas que agora se referia também a algo físico. Mas, pena, já não tem mais violão...

Pedro tem trabalhado muito, disse não ter pensado em nada especificamente, mas que está pronto para embarcar nas viagens. Mas pensou em uma coisa: nós marcarmos uma determinada data e hora, para todos, e cada um fazer o que sabe, pela janela. Poemas, dança, etc e chamar outras pessoas para fazer o mesmo.

Kelly conta experiência com grupo de esquizodrama, quando relatou o que falamos na reunião passada “O que se perde quando o corpo não está lá?” e teve um ato falho e disse “O que se pode quando o corpo não está lá?”, que resultou em um esquizodrama, com o grupo reunido remotamente, cada um de uma vez, segurou o celular com o braço esticado e girou, girou até ficar tonta, experimentação de desterritorialização.

Tuli conta coisas da sua vida na terrinha e nos fala de um grupo da UFRGS, “Antropológicas epidêmicas”, que está com chamada para fazer textos juntxs (se entendi bem), sobre vida no meio dessa pandemia. E nos falou sobre seu desejo de criar, a partir de um texto duro, técnic, sobre mortes e tal do covid, ir desmontando a narrativa para coisas mais fluidas até desembocar em uma outra coisa, um gesto, uma ação estética (se entendi bem).

Vini nos falou das suas experiências de estar sempre fazendo coisas na varanda de sua casa, por onde passam pessoas e assistem e comentam. Que colocou escrito em giz, em uma pequena lousa (quadro negro, só que verde) “seja alegre de propósito”.

Falamos várias outras coisas, mas que eu não anotei e não lembro, desculpem, por favor, complementem e corrijam, quando necessário.

Falamos como os dias têm passado rápido e como tudo está diferente do imaginado.

Concordamos de manter os encontros semanais, por enquanto, porque tudo está mudando muito rápido, no mundo, na gente...

PRÓXIMO, DIA 16/4, às 14h, no Hangout. Eu chamo pelo link um pouco antes, via “vão descê...”

E coisas para fazermos até lá, para irmos ruminando, fermentando (por falar nisso, vou passar uma receita de pão super fácil) as ideias, larvas de ideias para agenciamentos coletivos de enunciação vindouros:

1- cada um escreve um pequeno texto, de uma página, mais ou menos sobre: onde estou? Quais territórios tenho ocupado? Ei, tem alguém aí fora? (fora do meu pânico, do meu tédio, fora desses não saberes...)

2- cada um escolhe e lê três textos da coleção “Pandemia-crítica”, da N-1, quaisquer que queira, não vamos combinar. Vini observou que a gente observar depois quantos de nós leem alguns textos repetidos, quais não serão lidos, etc, já mostra um pouco desse “onde estou?”, ou seja, o que está afetando mais cada um, dentro dessa vida de hoje. Segue link: https://n-1edicoes.org/textos-1

3- fuçar e investigar o “Conspiremos...” para pensar se e como poderíamos nos conectar com eles. Segue o link: https://www.tramadora.net/2020/04/07/conspiremos-um-convite-para-um-experimento-coletivo-de-investigacao/

Se não der para fazer todas as tarefas, faça algumas, quantas der.

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Depois disso tivemos uma deliciosa sessão de massoterapia (e agora entendemos porque se chama amassoterapia, haha) com pauladas, mãozadas, e esfregação. Uma beleza. Graças, Vini, gracias!

r.

Relato reunião. On line. 16 de abril de 2020

Presentes: Maria, Fernando, Kelly, Zinho, Tuli, Vini, renata e Libéria (entrou depois).

Lemos os textos que tínhamos combinado de escrever na semana passada, “Onde estou”.

A gente chorou. On line.

A gente sentiu que esses corpos estão sendo afetados de formas muito semelhantes pelas coisas que estão se passando.

Vou fazer um relato detalhado porque não sei como estarão nossas memórias quando tudo isso acabar (embora isso não vá exatamente acabar, a gente sabe que não haverá mais como voltar à normalidade de antes, a gente sabe e por isso mesmo é importante documentar). E também porque dessa forma, as pessoas que não estão vindo podem se engajar melhor, se quiserem.

Eu (renata) fiz umas relações entre o vídeo que o Pedro mandou no zap, a título de inspiração para nós http://www.facebook.com/story.php?story_fbid=4010686538956579&id=100000458175024&scmts=scwspsdd&extid=QbdV6nQxaRnvasdV e o vídeo da bailarina da Cia. de Dança Palácio das Artes, Beatriz Kuguimiya, dançando na janela que a Carla mandou no zap, em 9/04 (não tem link), do vídeo de TED Talk, de Taiye Selasi “Don’t ask where I am from, ask where I am a local (Não me pergunte de onde eu sou, mas onde eu sou local) https://www.youtube.com/watch?v=LYCKzpXEW6E&t=37s e o vídeo que a moça que mora com o Ne fez, sobre sua casa e as coisas que eu queria dizer sobre Extervenção pela janela e outra questão teórica e de profundas entranhas sobre identidade.

O que estava pensando não era sobre danças dentro de casa, angustiadas ou não, eu estava pensando em atravessar a janela e (me) voltar para o mundo.

A fala de Taiye Selasi achei bem boa, é política e toca exatamente nas questões sobre identidade que têm me atormentado e se aproxima muito do que Deleuze fala sobre o que pode um corpo, quando fala de Spinoza. Um corpo pode ser afetado e afetar e é isso que o define. Dos encontros que tem, os que o afetam são os que o compõem. Sendo assim, um cavalo pangaré de sítio está mais próximo da vaca do sítio do que do cavalo de raça do jóquei. Não é como a biologia, uma ciência maior, os classifica. Nessa mesma lógica eu, por exemplo, posso ser agrupada, classificada, identificada com qualquer um de vocês mais do que com meu irmão, que é bolsominion agressivamente insistente, a despeito de toda nossa história familiar e aproximações genéticas.

Sobre os textos da n-1 Pandemia-Crítica. https://n-1edicoes.org/textos-1

Cada um falou dos que leu, cada um falou o que achou mais legal neles:

“Um tiro em mim”, por I., é literal, a mulher leva um tiro pela janela de seu apartamento, no bairro de Perdizes, em São Paulo, a luz vermelha de uma arma a segue pelos cômodos, um bolsonarista do edifício em frente atira na mulher de esquerda, batedora de panela. “Você foi atingida por uma bala de airsoft”, diz a polícia, quando chega. O que? O que é airsoft? (Airsoft é um jogo desportivo onde os jogadores participam de simulações de operações policiais, militares ou de mera recreação com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais, utilizando-se frequentemente de tácticas militares. Wikipédia). Bacurau. Horror.

“O Haiti não é aqui. O Haiti é aqui”, por Stella Senra. Ela nos faz conhecer Armand Robin, estudioso dos discursos políticos nos tempos de várias guerras, que escreveu “A palavra falsa” (que será publicado pela n-1 no final do ano). A tese é a de que nos discursos políticos fascistas, não se trata de verdade e mentira, mas da destruição do sentido acumulado pela sociedade, trata-se da matança da experiência que a humanidade construiu ao longo de sua existência. E ser humano é ser de experiência. Nem precisamos chegar a ser ciborgues com braços mecânicos e visão ultrassônica para deixarmos de ser humanos, nos desapossaram da palavra, de todo o sentido que a envolve (todas as invenções esdrúxulas e gritantemente falsas que sai da boca daquele que está na presidência do Brasil, hoje em dia, por exemplo). No entanto há embate! O povo reinventa palavras e recria sentidos e isso é resistência! Bozo, bossauro, coronaro etc., por exemplo.

“Breve diário pandêmico”, por Maria Cristina Franco Ferraz nos lembra que Deleuze disse que temos de estar à altura dos acontecimentos. E nos pergunta como nos tornarmos dignos desse acontecimento pandêmico. Temos de gestar novas formas de dignidade, amor fati, Nietzsche, amar o que acontece, seja o que for, afirmar a vida. Talvez seja um pouco “mais do mesmo”, mas interessa a parte em que ela fala da pele, a pele como o limite da existência (não sei se é isso exatamente).

“Lavar as mãos, descolonizar o futuro”, por Denise Bernuzzi de Sant’Anna, historiadora faz uma retomada dos modos de agir de antes da descoberta dos micróbios e depois, relaciona com fascismo e machismo, fala de hoje, brilhante!

“O medo”, por José Gil, trata da micropolítica da imigrações, da criação de uma espaço público comum, é bastante otimista em relação à consciência ambiental. É interessante quando fala do medo como paralisação do corpo, mas no geral soou romântico e colonizador demais.

“Aprendendo do vírus”, por Paul B. Preciado, retoma bem Foucault, biopolítica, é bem conceitual. Que medo é esse? Medo de que? Como a gente reage a esse medo? “Diga-me como uma sociedade reage a uma pandemia e eu te direi que sociedade é essa”. As populações das minorias e os imigrantes como vão ficar.

A Kelly tem uma tia, a tia Márcia, que é aquela tipa ovelha negra da família, sempre foi meio hippie e independente. Virou chacota interna da família porque não bebe Coca-Cola, dizia e diz até hoje que boicota a Coca-Cola. A tia Márcia boicota a Coca-Cola. A família ri. Kelly pensa que o momento que vivemos nos convida a pensar no que comemos, no lixo que produzimos e no que tudo que isso implica. Veganismo. Vegetarianismo. Seria individualista? Qual o impacto do boicote da tia Márcia? Parodoxos entre o estritamente individual (o que ponho para dentro da boca) e a dimensão social disso. Não basta só falar de biopolítica e necropolítica, mas pensar no que se consome, pensar comunidade.

Vini está muito triste porque está revivendo na pele o horror de quando descobriu que porta HIV. Está incomodadíssimo com a irresponsabilidade e ignorância geral, vizinhos passeiam sem máscara...muito perigoso para todo mundo, perda total de noção de comunidade. Por isso dá muito valor para os relacionamentos dentro do grupelho.

Tuli nos fala de um texto da Suely Rolnik, que fala que no Brasil, quem atentou contra a VIDA, nunca foi punido e que isso traz graves consequências. Talvez o texto seja esse, não sei, Tuli por favor, ajude. É? http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=36&id=423

Kelly insiste no quão bom é aquele texto da Eliane Brum “O vírus somos nós (ou uma parte de nós)”, que o Vini até já postou no nosso grupo “Vão descê...”

https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-03-25/o-virus-somos-nos-ou-uma-parte-de-nos.html

...

Eu fiquei falando muito sobre meu interesse em estudar a questão da identidade, a partir de conflitos que vivi com Wagner e Sabrina, que mexeram seriamente comigo, um pouco na onda da 1ª reunião do grupelho nesse ano (que foi presencial, na kasa invisível). A gente falou sobre racismo e preconceitos. Me interessa estudar e escrever sobre subjetividades crazypatchwork, coisa que já toquei na tese, subjetividades como rizomas, mutantes. Não se trata de uma identidade, mas de várias, que se entrecruzam e mudam, se movem. Isso tem a ver com os estudos de interseccionalidade, Vini ficou de mandar vários textos que já estudou, com uma pequena sinopse, para quem quiser se aproximar. Subjetividades como corpos que se definem por aquilo que os afeta.

Falei de dois livros que estou lendo concomitantemente e que são muito bons:

- “A armadilha da identidade”, Asad Haider, editora Veneta, 2019. https://veneta.com.br/produto/armadilha-da-identidade/

- “Argonautas”, Maggie Nelson (que a Flávia me revelou). https://www.skoob.com.br/livro/688730#_=_

A Kelly enviou um TED da professora Lia Schucman, de Santa Catarina sobre o que os brancos podem fazer contra o racismo. https://www.youtube.com/watch?v=q6tSIHzpFTc

Esse assunto interessa todos nós, que estávamos lá e combinamos:

1- escrever um texto “Quem eu sou”, para nosso próximo encontro.

...

Pendências:

1- Fernando que escrever um projeto para concorrer ao edital da DAC/ PRAE, sobre leituras dramáticas. Quem quer se engajar? Quem tem ideias? Vamos começar com essa questão na próxima reunião;

2- Fernando sugere mudar o dia das nossas reuniões. Quarta à tarde não dá. Ficamos em um impasse, para alguns aos finais de semana seria ok, para outros não. Se não der para mudar, paciência, não mudamos, certo? Então, peço que cada um, ao ler esse e-mail, responda, pode ser com uma palavra apenas, qual dia prefere, mantemos quinta? “quinta!”, prefere domingo? “domingo!”, simples assim.

Seja qual for o dia escolhido, vamos escrever aquele texto e ler o que quisermos/pudermos, para as conversações.

 

....

Peço, por favor, para quem estava lá, que adicione algo e/ou corrija, se achar necessário.

Bjs

r.

ps- botei todo os textos “Onde estou” num drive que vou compartilhar

Relato reunião grupelho 23 abril 2020. On line

Presentes: Carla, Maria, Fernando, Libéria, Tulíola, Vini, Nilo e Renata

Lemos os nossos textos “Quem sou eu” e comentamos. (Vou adicioná-los ao nosso drive dessas produções desse período).

O ponto de importância que nos toca a todos e que decidimos nos dedicar é a questão do racismo.

Maria nos fala, de forma empolgada, sobre o livro “Memórias da plantação”, da Grada Kilomba, que ela leu na disciplina que fez com o Edgar, na Antropologia. Ela nos recomenda o capítulo 14.

Tuli também está lendo Grada e está impactadíssima, foi buscar ler Fanon, já que Grada o cita bastante.

Tuli ficou de mandar o link do evento antirracista “Corpos insubmissos”, no qual ela foi em Coimbra e que até conheceu gente da UFMG lá.

Todos nós contamos coisas passadas (e pesadas) em nossas vidas em relação ao racismo contra negros.

 

Combinamos que para a próxima quinta, dia 30 de abril, às 14h, vamos ler livre e aleatoriamente algum texto. Entre aqueles que foram já foram enviados pelo Vini, acompanhados de sinopse, indica-se, que tem mais a ver, o da Lelia González e o da Maria Lugones, além desse qualquer capítulo da Grada (Maria mandou, vou botar no nosso drive) e também Jota Mombaça, “O mundo é o meu trauma”.

Além disso, vamos, cada um escrever um texto livre, de 3 páginas no máximo (mais ou menos, haha), que possa ser provocado pela frase “O racismo e eu”.’’

Falta a Maria digitar o texto dela e enviar e o Fer também. Os outros, que foram já feitos, estão lá no drive. Quem ainda quiser escrever e mandar, faça-o, adoraremos.

Relato reunião 30 abril 2020. On line

Presentes: Kelly, Tuli, Nilo, Vini, Maria, Libéria, Fernando e Renata

Lemos os textos sobre racismo que tínhamos escrito, foram só três naquele momento. Outros virão. Conversamos muito, nos emocionamos.

Comentamos as coisas que fomos postando sobre o assunto durante a semana, no nosso grupo de zap. Outras coisas foram sugeridas e postadas lá, o filme LUCE, a palestra da Grada com a Djamila, uma live que vai ter no domingo, de Eduardo Passos, da UFF, com André Rossi (companheiro da Kelly) e Williana Lousada, sobre esquizoanálise. A Tuli falou da Francesca Gargalo, citada por Grada Kilomba, na introdução do livro Memórias da plantação, que é uma italiana que fez um trabalho de pesquisa de feminismos latino americanos, acha que vale a pena a gente investigar mais sobre isso.

Combinamos de nos dedicar mais a alguns conceitos para fortalecer nossas buscas sobre as questões em torno da questão da identidade.  Para isso Vini e Renata vão (re) ler “O que é lugar de fala”, de Djamila Ribeiro. Kelly, Tuli, Maria e Vini, vão continuar a leitura do Memórias da plantação, da Grada, até onde conseguirem seguir. Kelly poderá falar sobre a introdução do “Feminismo para os 99%, um manifesto”, de Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya, Nancy Fraser. Vini poderá nos falar algo do que está lendo de “Testo junkie”, de Paul B. Preciado.

Recaptulando, estamos perseguindo a discussão filosófica sobre a questão da identidade, hoje, e essa busca, para cada um de nós é uma, vem de um interesse particular e vai frutificar de diferentes maneiras. Estamos fazendo isso por prazer e porque não queremos não fazer. Os combinados de uma reunião para outra são tranquilos, a gente faz o quanto der e se der. Próxima reunião, na próxima quinta, dia 7/5, às 14h.

...

Além disso, aconteceu surgiu um outro pequeno grupo, que vai estudar as possibilidades de inventar novas formas de escrever e novas metodologias acadêmicas, que tenham a ver com aquela que escreve. Pensando, inicialmente, em juntar “Escrita de si”, de Foucault com “escrevivência” de Conceição Evaristo. Vamos nos encontrar na sexta, dia 8/5, às 14h, para esse encontro vamos ler a “escrita de si” do Foucault. Estão nessas, por enquanto, Kelly, Tuli, Maria e Renata. Quem mais quiser, é só chegar. Chamo por um link um pouco antes, pelo nosso grupo no zap, o “vão descê...”.

Relato reunião grups 14 maio 2020. On line.

Presentes: Marie, Fer, Kelly, Nilo, Vini, Rena

Primeiro falamos sobre a participação do grupelho no evento “do caos ao cais”, na FE da Unicamp

A carta-convite eu coloquei no nosso drive ‘grupelho no isolamento?’

Vamos fazer uma edição louca dos vídeos que já temos, a saber: o da Carla entre as poltronas, o do corpo do Vini na boquinha da garrafa, o do Pedro dançando pela casa, o da Tuli, o último de Coimbra, junto com o que documentamos da Extervenção De Vagar e ainda, pergunto, se ALGUÉM AINDA QUER GRAVAR UM VIDINHO, e mandar, para ser editado junto?

Por favor, fale. Eu sim, renata, vou fazer um. QUEM MAIS? O prazo é: 25 de maio, segunda-feira, às 8h.

Nilo e eu e quem mais quiser colar, vamos editar.

O que conversamos foi que essa ideia de “do caos ao cais” nos estranha, já que deixa a entender que se quer um cais no sentido de fugir do caos, como se este fosse uma coisa ruim, e que cais nos dá ideia de atracar, de parar movimento e não concordamos que isso tem a ver com filosofias da diferença... entendemos que esse nome venha de “do caos ao cérebro”, conclusão de “O que é a filosofia?”, de D. & G. Mas isso parece por demais europeu para nós. Pensamos em, de alguma forma, fazer essa problematização, no nosso vídeo, mas de forma a agregar, a chamar para pensar e não de forma ostensiva, que nos distanciasse do Trans, o grupo que nos convida.

Pensamos “do caos ao corpo”, corpo, meu eu, corpo cidade, corpo grupelho, corpo pandemia. Corpo sem órgãos, sem estrutura, sem hierarquia de funções, corpo-rizoma, corpo-não-árvore. Corpo que pode ter um cu que seja o órgão de enunciação (pode um cu mestiço falar? J. Mombaça), corpos dissidentes como agenciamentos coletivos de enunciação. Epistemologias do sul do corpo, descolonizar o corpo em relação ao intelecto.

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Depois disso foram comentados e discutidos do documentário sobre o Fanon e o livro da Grada Kilomba “Memórias da plantação”.

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Perseguindo a questão da identidade, da subjetividade hoje e seus processos de formação, para a próxima reunião, dia 21 de maio às 14h, vamos ler o texto (pequeno, 8 folhas) do VIRTANEN, que está no nosso drive.

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Por favor, respondam por email, o mais rápido possível. Quem puder/quiser acrescentar algo para completar este relato, por favor, faça

Beijos saudosíssimos

r.

Relato reunião grups 21 de maio. On line

Presentes: Marie, Fer, Kelly, Nilo, Vini, Tuli e Rena

Discutimos bastante o texto do Virtanen. Caos, multiplicidade, a captura do devir como esgotamento das possibilidades de criação de possíveis. Vini trouxe contribuições do Texto Junkie do Preciado. Viajar sem sair do lugar.

Muitas trocas, nos divertimos muito.

PARA A PRÓXIMA REUNIÃO, 5Af, dia 28 de maio.

Vamos ler a 1ª parte do texto, de Deleuze e Guattari: “1730 – Devir-intenso, decir-animal, devir-imperceptível...”

Está em Mil platôs 4. Da página inicial Lembranças de um espectador, passando por Lembranças de um naturalista e Lembranças de um bergsoniano até o final de Lembranças de um feiticeiro I. Isso dá 13 páginas.

Tamo querendo saber o que é devir.

Beijos, venham todes bem vindézimas

Bj

r.

Relato reunião grupelho 28 maio 2020. On line

Presentes- Nilo, Tuli, Maria, Vini, Fer, Carla, Libéria, rena

Destrinchamos, entendendo, mastigamos e relacionamos o texto lido.

Para a próxima semana, dia 5/6, às 14h

Vamos ler:

Do mesmo texto: “1730- devir-intenso, devir-animal, devir-imperceptível”, D&G, Mil Platôs 4, as partes:

Lembranças de um feiticeiro II, Lembranças de um feiticeiro III, Lembranças de um teólogo.

Relato reunião grupelho 4 de junho de 2020. On line

Presentes: Maria, Tuli, Vini, Joanna, rena

Gente, falamos tantas coisas... do filmeco, do próximo domingo e as chamadas para ir às ruas e suas vantagens e desvantagens, medos e desejos, falamos, cada um, da vida, etc

Decidimos: ler o “1730 – Decir-intenso, devir-animal, devir-imperceptível...” mais devagar, de vagar, fuén...óbvio.

Decidimos que para cada reunião, além de ler a parte combinada a gente vai ver filmes.

Sendo assim, para a próxima reunião, dia 11 de junho, às 14h

Nós vamos:

1- Ler a parte “Lembranças de um feiticeiro II” e

2- Ler a parte “Lembranças de um feiticeiro III” e

3- Assistir “O casamento de Muriel” (Vini já mandou no zap tutorial para baixar) e

4- Assistir “O senhor das moscas”, tem no Youtube.

Relato reunião grupelho

25 de junho 2020. On line

Presentes: Nilo, Kelly, Maria, Vinícius, Fer (ficou um pouquito), Tulíola, Libéria e renata

Um pouco antes do encontro, Nilo enviou um texto “Lembranças de um cético II”. Eu gostei. Gosto das histórias de vida misturadas com os pensamentos, achei bem bom o ler.

Nós ficamos na parte combinada “Lembranças de um espinosista I”.

Mantemos o combinado de cada um levantar as questões que afetarem, sem termos o compromisso de “entender” tudo e seguir o texto à risca.

Também queremos manter o combinado de cada um trazer outras coisas, filmes, etc, o que quiser, para conectar com o que sentiu na leitura.

Para a próxima semana, dia 2 de julho, quinta, às 14:30h, vamos ler a parte “Lembranças de um espinosista II” e teremos uma sessão de trabalho de corpo coordenada por Vini.

Bjs

r.

Relato reunião grupelho. 02/07/2020. On line

Presentes: Maria, Kelly, Tulíola, Libéria, Vinícius e rena

Não tratamos da parte combinada para ler

Algumas decisões importantes foram tomadas, por favor, prestem atenção:

1- vamos escrever pequenos textos panfletos bomba pata tentar que sejam publicados nos cadernos de pandemia da n-1. Digo tentar, porque os que estão publicados são convidados, mas nós vamos dar um jeito de nos convidar, sem segurança nenhuma de que seremos aceitos. Sendo assim

- eu vou rever e submeter à apreciação de vocês aquele mexidão que ficou em off nas imagens da cidade vazia, no nosso filmeco

- eu vou escrever sobre bando como forma de resistência

- Vini vai escrever sobre corposição e parada virtual lgbt+

- Libéria vai chamar Fernando para escrever um sobre teatro

- Tulíola chamou Kelly para escreverem algo que eu não entendi bem e minha anotações não me ajudam (Sartre “o que é literatura” + La Borde século XXI + o italiano pai, irmão e amante da Tuli, sua grande referência)

- Maria pirou numa coisa de me chamar para escrever sobre pandemia e comida

- eu já chamei Ne e perguntei se ele se anima a colar e ele disse que sim, sobre algo que ainda não sabe, da tese, bem viver e comunidade lgbt+

“sobre algo que ainda não sabe” é bem a ideia mesmo. É um lance de anunciar ideias e problemas que receberam enunciação mais adequada depois, quando tiver dado o tempo de elaboração, nas teses, artigos etc

Quem mais se anima?

A ideia é a gente conseguir juntar uns tantos até final de julho e tentar ver se a gente será publicado.

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2- logotipo, marca, imagem do grupelho, que é uma coisa que há tempos eu/alguns de nós estávamos querendo que existisse. Eu conversei com o artista Rafael limongelli, que é do Transversal, grupo de estudos da unicamp, do silviogallo, que uma vez enviou e eu passei para vocês um caderninho de poemas gráficos (vou anexar aqui) e o número 6, VI. Juntany, eu amei e queria ver se ele cedia. Ele cedeu, ficou super animado e tal, a gente acabou combinando que eu ia fazer uma compra de papelaria para ele realizar isso mais meio do que aversão que ele já tem (o que eu pensei que sairia uns 60 reais). Mas sob sua disponibilidade de fazer outra ideia e tudo qu a gente quisesse, submeti a ideia aos presentes na reunião e acabamos achando que as cores podem ser laranja roxo e verde, que o Y pode ser ^y (y com acento circunflexo em cima dele, que é a palavra/conjunção “e” em guarani, pelo menos foi isso que a lib falou, na hora). Queremos também que o “e” seja o mais destacado.

Já falei com ele e ele achou tudo lindo, o máximo e assim que tiver uns esboços vai entrar numa das nossas reuniões para apresentar e ouvir todas as impressões. Demorou um pouco e me mandou a lista da papelaria. Deu 207 reais. Paguei em 6X, que fazer?...

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3- kelly de propõe a dar uma “aula” sobre esquizodrama (podemos até fazer uma “aula prática”, no dia 30/7. PEDRO VAI PODER?  Os interessados têm de dizer se podem nessa data, para a gente marcar certo.

.....................

4- Vini e Tuli ficaram de passar umas referências sobre deficiência física e dança

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Depois disso tudo combinado tivemos uma sessão de massagem virtual, por meio da voz do Vinícius nos conduzindo a exercícios para as articulações. Muito prazeroso, todos ficaram alegres.

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Próximo encontro, dia 9, quinta, às 14:30h

Leremos “lembranças de um espinosano II” (que já era a parte combinada antes

Beijos e até logo

r.

RELATO REUNIÃO 9 de julho. On line

Presentes: Maria, Kelly, Tuli, Vini e rena

Vinícius lê o texto que preparou para sua láivy da noite. Degustamos, damos pitacos.

Depois mais uns montes de conversas.

Decidimos dar um tempo de “férias”.

Próximo encontro será em 30 de julho, 14:30h, quando faremos planos para os meses seguintes

Proposta de Kelly dar uma aula sobre esquizodrama na sexta feira, 31 de julho, de manhã. Quem pode? Pedro Braga? (já que não pode na quinta à tarde)

Respondam, por favor.

(dia 31 à tarde será a próxima reunião do metodologias dissidentes)

Bjs

r.

Relato encontro 19/12/2020

grupelho, quem estava: pedro, vini, neilton, tuli, kelly e eu. Maria apareceu um tiquim, no começo e carla no final.

O começo começou começando no ahazo, com vini fazendo uma performance, fomos pegas de surpresa, pena que não gravamos.

Convido vini a nos falar sobre essa performance. Obrigada

O que aconteceu depois foi que a gente reverteu a pauta de pernas para o ar: pensamos em marcar uma data, tipo junho ou agosto, para fazer o 2º disseminário do grupelho, on line. Como poderia ser? Poderíamos convidar outras pessoas, do além mar e além terra, para fazer algo, junto? Eu gosto disso. Fazer coisas misturadas, ateliês, conversações, exibições...O que cada uma de nós quer? O que quer disseminar?

Pedro nos fala da sua busca em relação a saber algo mais sobre uma aula, além de currículo e metodologia, como podemos pensar o que ensina a performance do professora? Quais os pontos de contato e indiscernibilidade entre arte e gesto pedagógico? O que uma pessoa aprende com uma professor? Quais signos esse emana quando dá uma aula? Pedro volta a nos falar de Rabih Mroué, artista libanês, por cujo trabalho se interessa desde o mestrado e a quem entrevistou recentemente.

Tulíola está na reta final da escrita da tese, provoca a quem quiser de ler “O artista e seu tempo” de Albert Camus e confabular com ela. Pedro indica “Os justos”, de Camus e nos fala de Ida Mara Freire, mulher negra dançarina, que dança seus artigos, nos congressos, e que foi orientadora da orientadora dele, de mestrado. Achei esse artigo, que pode interessar, à Carla, mormente, talvez: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622001000100003&script=sci_abstract&tlng=pt

Ne está com a Revista Duas Cabeças, que ele editora e tudo e tals, que faz parte da sua tese https://www.revistaduascabecas.org/ e nos disse que quer disseminar coisas por aí, assim como coisas que está experimentando no Arena, no curso de artes gráficas.

Vini tá pensando em como preencher os quadradinhos (dos encontros on line) com o corpo, perseguindo outras formas de dizer as mesmas coisas...no dia 1/12, dia mundial da aids fez aquela performance “Eu não sou sua aidética”, no insta, depois daquela sequência de fotos, que compartilhou conosco no zap, que fez com ele fosse posto em contato com um grupo de pessoas que vivem com hiv e fazem arte, chamado “Como eliminar monstros”. Foi a uma 1ª reunião, mas achou eles meio cabeça dos anos 80 e com bibliografia dos EUA, chegou chegando, descolonizando o hiv, temos tantos brasileiros geniais!

Kelly está super ocupada com a reta final da tese. Vai nos enviar a parte que fala da metodologia, porque tem muito de nós lá, disse. Está dentro da ideia do disseminário, de qualquer maneira, aliás, como todos que relatei aqui.

Eu, de minha parte, no dia não falei, mas quero desenvolver mais essa ideia de extervenção, desdobrar ela conceitualmente e total na pira de falar de metodologias não colonializadas, do sul, do sul do corpo, do sul do bando.

Convido a todes a falarem de suas ideias e desejos, por favor respondam a esse email.

Sentimos várias ausências das que tinham dito que viriam, Bruna (Bruna tá doutorãm???), Fer, Danni, Libéria entrou um minutinho e depois s(c)aiu e do Zinho!!! Que a gente tá nessa onda de fazer os encontros às sextas e/ou sábados por causa justamente do Luizinhonhooo.

Vou fechar aqui agradecendo a Kelly pelo batalho que deu para a publicação do PRIMEIRO TEXTO DO GRUPELHOOO, tudes juntys. https://alegrar.com.br/dossie-26-23/

E por falar nisso, decidimos chamar o Rafael Limongeli, o cabra que fez aqueles ensaios de logotipo do grupelho, que meio que ficaram todos iguais e que a gente não gostou quase que de nenhum...então, peço, revejam as artes, imaginem coisas, deem seus pitacos na próxima reunião, vamo vê se ele pode estar junto.

PROXIMO ENCONTRO:

Dia 29 de janeiro de 2021, sexta, às 18:30h

Té mais, genty, cuidem-se

Bj

r.

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